Os olhares quiméricos do auto-retrato em uma pluralidade de visões criadas pela autoconsciência
![]() |
Gif: Reprodução/Tumblr Welcome My World |
O poeta mexicano Octavio Paz uma vez disse que “cada indivíduo é único e cada indivíduo é inúmeros indivíduos que ele não conhece”. Nesta paráfrase, a definição de auto-retrato torna-se uma afirmação de presença, ou melhor, um exercício de autoconhecimento. Entre extravios e clarões de lucidez, a pluralidade da imagem vai além daquilo retratado pelos olhares de quem enxerga e de quem se vê.
O pictórico da ilustração torna-se uma colagem à realidade. Entre tantos eu’s, tu’s e eles conjugados, o reflexo da materialidade vira uma combinação de sinais e simbologias construídas por sobreposições de camadas de vivências. O narcisismo dá espaço ao além do que o revérbero limita-se a ser e se contrapõe à transformação da matéria pela ideia, no caso, o retrato nada mais é do que um eu que se mostra como pura superfície.