O jornalismo de “The Newsroom” em dez lições

Veja o que Will McAvoy, Mackenzie McHale, Don Keefer e Aaron Sorkin tem a nos ensinar                              

Durante este ano, o canal HBO inovou o seu repertório de séries com a estreia de “The Newsroom”. Como se fosse um plus aos admiradores e profissionais de noticiários, Aaron Sorkin -- o "cabeça" de todo o enredo -- usou o ambiente da imprensa televisiva como palco de uma universidade, com várias aulas de jornalismo e questionamentos éticos.

A cada episódio era pelo menos um ensinamento diferente. Com o fim da primeira temporada, é hora de colocá-los em prática e, quem sabe, conseguir o e-mail da Mackenzie para o envio de um currículo (sonhar não paga).

1x01 “We Just Decided To”

Primeiro episódio; primeira verdade, mas quase o último princípio de alguns jornalistas.

Bate-papo com a arte

Com três anos de carreira, Karla Bratfisch conecta o público com os traços e cores de suas obras

Algumas obras de arte estabelecem uma conexão que vai além do visual. Os artistas e admiradores delas entendem os traços delineados e as cores sobrepostas de forma única, como se começassem uma conversa com o retrato exposto, mas sem palavras e gestos emitidos. Com apenas um olhar, as sensações derivam de um reflexo da alma à interpretação do inconsciente de quem a aprecia. Esta relação íntima com a arte pode ser encontrada e sentida nas obras de Karla Bratfisch.

Aos 20 anos de idade, a jovem artista já trilha um caminho de suaves e ferozes pinceladas. A cada criação, ela não se preocupa com o resultado final, mas sim se as cores e traços produzidos possuem relação com o seu ensejo pela verdade, retratado nas obras desenvolvidas em seu ateliê, em Itatiba, interior de São Paulo.

Cuidados necessários para a publicação de uma notícia

Apuração, fontes confiáveis, ética e legislação são alguns dos pontos a serem observados e levados a sério pelo jornalista

A Constituição Federal, nos tópicos sobre Direitos e Deveres dos Individuais e Coletivos, explica entre outros assuntos, a liberdade de expressão que possuem todos os indivíduos. Porém alguns jornalistas e veículos de comunicação têm utilizado isso de forma incorreta, já que estão publicando matérias sem verificação de dados necessários.

Erros de apuração ocorrem diariamente. Como no caso da Folha Online (Folha de S. Paulo) que noticiou em setembro de 2010 a morte do ex-candidato a senador Romeu Tuma. O veículo se retratou pela notícia divulgada, pois Tuma estava internado no Hospital Sírio-Libânes, em São Paulo, e naquela época, não houve nenhuma nota oficial sobre sua morte.

Um homem de (pouca) sorte

Sucesso na literatura, adaptação peca em mudanças e fica longe da verdade, do destino e até mesmo da romântica Carolina do Norte

Quantos minutos são necessários para que uma passagem literária esteja fielmente presente em uma tela de cinema? Este cálculo ainda não foi criado e, por enquanto, não existe nenhuma pesquisa em torno disso. A princípio, fica ao olhar clínico do diretor e do roteirista, que precisam sentir a obra e retratar não apenas o que se lê, mas também como ela pode ser enxergada. Essa arte possui várias direções, contudo, se agradará fãs ou será um sucesso de bilheteria, já é outra história.

The Big Bang Theory (5.06) - The Rhinitis Revelations

Soft kitty, warm kitty, little ball of fur happy kitty, sleepy kitty, purr purr purr…

Sem dúvida, esta foi a melhor participação de Laurie Metcalf na série. Um episódio focado em sua personagem e no relacionamento com Sheldon e seus amigos não poderia ter funcionado tão certo. Desde o começo, foi tudo sob medida: cenas, falas, interações, aparições das personagens, interpretações, roteiro, fotografia e edição. Ao falar assim, parece que se trata de um filme, mas não, foi só um episódio com um ritmo que lembrou muito o início da série.

The Big Bang Theory (5.05) - The Russian Rocket Reaction

Mortal enemy? Sheldon, I know you're a bit of a left-handed monkey wrench, but you really have a mortal enemy?

Por mais que Sheldon queira começar a sua coleção de espadas com uma Excalibur, e governar o reino de Londres, é com a de Game of Thrones que ele e Leonard acabam por comprar. Ficou claro que o Mr. Cooper não é o mestre da ‘pechincha’, mas quando o assunto é o seu arqui-inimigo Will Wheaton, não há o que discutir: a lembrança da ausência de Wheaton na convenção de Star Trek, que deixou Sheldon sem o seu autógrafo na figurinha de Wesley Crusher.

The Big Bang Theory (5.04) - The Wiggly Finger Catalyst

God, did you watch Bridget Jones again?

Sheldon, Leonard, Howard e Raj jogando Dungeons and Dragons, recordam-me os velhos tempos de The Big Bang Theory. Isso, sem contar a menção ao filme de Bridjet Jones, o preferido de Rajesh. Os quatro amigos sempre funcionaram muito bem juntos, como cada qual, no seu espaço. Por mais que a série se reinvente, estas pequenas interações continuam sempre em destaque, afinal, foi a partir disso que TBBT se solidificou em pleno horário nobre americano, além de ser referência em questões de amizades (se você ainda reparou, pare e veja se na sua roda de amigos não tem alguém com os trejeitos de cada personagem).

The Big Bang Theory (5.03) - The Pulled Groin Extrapolation

She is not for you! NOT FOR YOU!

Estava com saudades dos trens do Sheldon. Seja de verdade ou miniatura, ele sempre volta a ser criança quando tem um trem à sua frente. Sheldon, o maquinista, descobriu que quanto menor o brinquedo, mais divertido fica. E ao contrário dos comentários que ouvi, diversão foi o que não faltou em ‘The Pulled Groin Extrapolation’’.

The Big Bang Theory (5.02) - The Infestation Hypothesis

Knock knock, Penny. Knock knock, Penny. Knock knock, Penny

Vai dizer que você também não estava com saudades dos knock knock’s, de Sheldon? Pois é, o problema é que eles foram melhores do que muitas cenas do próprio episódio, principalmente se comparada às que envolviam Leonard e Pryia. A tentativa de explorar o relacionamento do casal via webcam, não soou engraçado. Em alguns momentos, chegaram a ser até forçadas as cenas. Pode até ser uma implicância minha, já que nunca gostei de Pryia, mas para ser mais sincero ainda, se o foco de ‘The Infestation Hypothesis’ fosse só em cima de Sheldon e a poltrona nova de Penny, teria sido bem mais aproveitável e divertido.

The Big Bang Theory (5.01) - The Skank Reflex Analysis

It’s not what it looks like. It’s not what it looks like. It’s not what it looks like

E é com esta frase, repetida sem parar por Sheldon Sherlock Cooper, que The Big Bang Theory retorna às noites de quinta-feira. Em ‘O que esperar do Fall Season’, comentei sobre a falta de continuidade presente na temporada passada, e jamais imaginaria um episódio da série começaria no exato momento onde parou no último season finale. Só por este detalhe inicial, já ficava claro quão bom seria os próximos 20 minutos.

Jogos Vorazes: sucesso na literatura e no cinema

Baseado na obra de literária de Suzanne Collins, Jogos Vorazes é a série do momento

É só surgir uma nova série literária adaptada para o cinema que as comparações começam. Neste final de semana, com a estreia de Jogos Vorazes, algumas pessoas devem ter ouvido as seguintes frases: “Crepúsculo é muito melhor”, “Achei meio Harry Potter”, “Prefiro O Senhor dos Anéis”, “Não vai dar em nada, igual foi com Eragon”. Na verdade, nenhuma das produções acima podem ser comparadas em nível de estória.

Esqueça, por enquanto, nomes como Harry Potter e Twilight. As duas sagas, por lógica, nunca tiveram motivos para serem confrontadas. Uma é sobre um jovem bruxo que perdeu seus pais ainda bebê e descobre ser o único capaz de salvar a vida de seus amigos e inocentes do Lorde das Trevas, Lord Voldemort. Já a outra, é a história de uma humana que se apaixona por um vampiro e que vê a sua vida mudar completamente por causa deste amor. Como se vê, nada em comum.

Fim da novela Fina Estampa

Descubra os detalhes da reta final da novela que fez o Brasil parar em frente à TV

Último capítulo é sempre a mesma história: casal principal termina junto, a vilã paga por todas as maldades, acontecem casamentos, a taxa de natalidade aumenta com mais uma leva de nascimentos e todos acabam felizes para sempre. FIM. Certo? Errado! Se depender do dramaturgo Aguinaldo Silva, as duas horas finas de Fina Estampa serão marcadas por ação, romance, acerto de contas e um quase “felizes para sempre”.

Depois de começar a trama como ‘Pereirão’ e de ser humilhada pelo próprio filho, Griselda (Lília Cabral) ainda será sequestrada por Tereza Cristina (Christiane Torloni) e Ferdinand (Carlos Machado), que a prenderão em uma cabana. Depois de deixá-la sozinha, Tereza matará Ferdinand em uma banheira de motel, jogando um secador de cabelo ligado na água. Decidida a também matar a portuguesa, a vilã retorna à cabana e coloca fogo no local. Por sorte, Antenor (Caio Castro) e Patrícia (Adriana Birolli) chegam a tempo de impedir o crime.

A Vida da Gente: a ficção disfarçada de realidade

Lícia Manzo encerra o seu primeiro folhetim com declaração à vida

Criar uma obra de ficção que prenda a atenção de um público cativo e que desperte a atenção de mais pessoas ao longo da exibição dela; que repercuta na mídia e faça com que pessoas comentem e se identifiquem com a história, não é um trabalho simples para o autor, elenco, diretor e equipe de apoio. Nem os melhores atores garantem as maiores audiências. Tudo incerto até o novelista demonstrar sublimidade, respeito e verdades, assim como foi em “A Vida da Gente”.

Frente à sua primeira novela como autora principal, Lícia Manzo mostrou que um folhetim não precisa de apelação para atrair público e chegar aos televisores das famílias de todas as regiões do país. Uma história simples, cujo envolvimento foi humano, fez com que os críticos por de trás das TVs – aqueles que acompanharam diariamente a obra –, se apegassem à trama de Ana (Fernanda Vasconcellos), Manuela (Marjorie Estiano) e Rodrigo (Rafael Cardoso).