sábado, 18 de fevereiro de 2017

Donald Trump: o presidente aquém de 140 caracteres

Sem voz ativa perante à nação americana, Trump torna-se refém de Twitter para compartilhar frustrações e ameaças
Gif: Reprodução/Tumblr For The Republicans
“Hoje estamos a transferir o poder de Washington para o povo”. Foi desta maneira que Donald Trump, 70, iniciou o discurso de posse à presidência dos Estados Unidos, no dia 20 de janeiro. Todavia, a voz parlamentar do bilionário só tem surtido efeito no Twitter – ferramenta de comunicação preferida para disseminar polêmicas.
Normalmente, as falas e discursos do republicano são recebidas a duras críticas pela imprensa e pela população americana, por induzirem culto ao ódio, preconceito, machismo e perspectivas aquém de um presidente dos EUA. Como ele não pode ser atingido fisicamente pelo o que diz na internet, o “modo online” tem sido a principal arma de ataque a quem o contraria.
Em janeiro, a atriz Meryl Streep foi agredida verbalmente por Trump, após declarar no Globo de Ouro ser contra o discurso anti-imigração adotado no mandato dele. “Meryl Streep, uma das atrizes mais superestimadas de Hollywood, não me conhece, mas me atacou ontem no Globo de Ouro. Ela é uma puxa-saco de Hillary”, afirmou o presidente no Twitter.
Embate direto
O caso mais recente foi a revolta de Trump contra a rede de lojas de departamentos Nordstrom, na quarta-feira (8). O empresário não gostou de saber que as peças de roupas e calçados da filha dele, Ivanka, foram retirados com o argumento de que as vendas desabaram. “Minha filha Ivanka foi tratada tão injustamente pela @Nordstrom. Ela é uma ótima pessoa – sempre me estimulando a fazer a coisa certa! Terrível”, escreveu na rede social.
Logo após o comentário, as ações das lojas despencaram. Contudo, no fim do dia, uma reviravolta surpreendente fez com que a empresa terminasse com uma alta de 4 por cento – o maior ganho em meses.
Duas horas depois da polêmica, Donald voltou ao Twitter para anunciar que o presidente da IntelBrian Krzanich, investirá US$ 7 bilhões em uma fábrica em Chandler, no Arizona, que gerará 3 mil empregos. “Grande investimento (US$ 7 BILHÕES) em INOVAÇÃO e EMPREGOS americanos! #AméricaPrimeiro”, disse.

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